Candidíase vaginal e alimentação: qual a relação?
Muito difícil alguma paciente referir que nunca teve candidíase na vida.
A maioria das mulheres na vida adulta já passou pela experiência de ter prurido vulvar e vaginal bem desagradável associado a corrimento esbranquiçado com grumos com aspecto coalhado. Até aqui nenhuma novidade…
Quando os episódios de candidíase são recorrentes (por exemplo mais de 2 episódios em intervalo de 6 meses) temos que ampliar as buscar para achar a causa. Mas muito muito muito muito muito provável que tenha íntima relação com padrão alimentar da paciente e consequentemente com sua saúde intestinal.
Então além de tratar a crise temos que pensar em estratégias de prevenção de novos episódios.
Dietas ricas em laticínios, farinhas brancas, açúcares e o consumo elevado de bebidas alcoólicas associados a baixa ingesta de fibras são as principais causas de candidíase recorrente.
Esse contexto alimentar favorece uma proliferação desproporcional de fungos e alterando a microbiota intestinal normal(em outras palavras promovendo disbiose intestinal) e consequentemente alterando a microbiota vaginal.
São necessárias algumas estratégias alimentares para redução ou até mesmo exclusão de consumo de açucares/ laticínios, aumento de consumo de verduras como as crucíferas, temperos como orégano, tomilho, etc. E em geral eu sugiro acompanhamento com nutricionista.
No tratamento também podemos usar alguns probióticos específicos a depender do caso, entre outras estratégias de suplementos e nutracêuticos até mesmo uso de óleos essenciais como óleo de melaleuca.